Ele pediu-a uma promessa.
Ela não fez. Não quis.
Ela se fingia de bêbada,
Camuflada, não queria esconder as palavras,
Para poder falar de dor e passado.
Um passado que não se sabe
Se é estreito ou largo.
E depois de sangrar o passado
Ela pediu e ele a prometeu:
– Nunca vou lhe abandonar!
Depois abraçou-a forte
Como quem diz: não se preocupe,
Com destino, futuro ou sorte
Temos um ao outro, isso é maior que a morte.
(…) Ele tinha essa mania,
De querer falar através de abraços.
Ainda abraçados, ele pediu-a uma promessa.
Ela não fez. Não quis.
Então, ele perguntou-a:
– Achas que mudei muito? Desde quando era aquele homem de 12 anos?
Ela não respondeu. Também não quis.
Ignorou, e disse: – Não lhe conhecia, só o olhava por vista.
Talvez se ela estivesse bêbada de verdade
Teria respondido a pergunta.
Mas não faltou álcool, faltou coragem
Ou talvez ela não soubesse mesmo
E talvez continue sem saber
Que ele havia mudado. Que ela o mudou.
O homem de 21 anos, apesar de,
Ainda ter a velha alma cinza em neblina,
Já não tinha o coração amargo,
Rancor nas costas e olhar frio
Tudo isso dissolveu-se
Quando ele fez dos cachos dela, seu ninho.
– Promete não desistir de mim?
Foi o pedido que ele havia feito.
Foi irrelevante o volume
Das doses de álcool, medo e coragem.
Ela não hesitou, agiu feito guilhotina
Foi fria, firme e breve
Como aquele homem de 12 anos…
Ela não prometeu. Nunca quis.
Palmas 👏👏 *-*
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=D que legal que tenha gostado.
Muito obrigado, abraços
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Gostei mesmo! Tu escreve muito bem 😉
Abraço! ^^
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O tempo quem dirá,quem mudou foi ela,ele não,afinal ele estava correto do ia falar já ela tinha medo da verdade. 😀
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Oowwww sz
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