Quero uma casa no interior.
Rua de pedra, duas portas,
e três janelas, no máximo
e só,
e só envelhecer.
Ter o tempo em rugas:
com a pele desenhada
por todos meus destinos.
E não,
não envelhecer.
Tomar leite com farinha de milho,
numa manhã morna
enquanto o sol acorda..
e só,
só amanhecer.
Um céu escuro a assobiar.
E entre brilhos e brisa,
abrir portas e janelas
e só,
só dispersar.
Ter a companhia da gaita,
pra momentos de tristeza.
E um céu escuro a assobiar…
E só,
solidão.
Ter um dia a mais ou a menos
E no meio destes,
29 de fevereiro.
E só,
e sobrar.
Quero o esquecimento
da moeda, da cruz, do prédio
e do resto. Da vida e da morte,
e vice-versa…
E só. E pó.
Que lindo! Parece até uma música do Vinicius de Moraes!
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Pô Vinicius haha Brigadão mesmo. Vou tentar passar pro violão haha
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Belo poema! Parabéns!
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Obrigado!
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